domingo, 20 de setembro de 2020

25 atividades para crianças que divertem os pequenos e os grandes

BCG, Hepatite B, entre tantas outras. Para garantir a saúde dos pequenos desde o nascimento, a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda uma série de vacinas que devem ser realizadas nos primeiros 12 meses da criança, a maioria delas oferecida de forma gratuita na rede pública.

No entanto, embora contribuam para um desenvolvimento saudável e previnam doenças, as vacinas pode trazer alguns reflexos mais chatinhos. De acordo com a Dra. Simone Holzer, médica pediatra do Hospital América de Mauá, é importante saber que todas as vacinas podem causar reações adversas, como febre, dor e edema (inchaço) no local da aplicação. A especialista comenta que esses efeitos têm pouca intensidade e permanecem por um curto período.

Quais são as reações mais comuns causadas pelas vacinas nos bebês?

Dicas de Mulher

Em geral, cada criança tem uma resposta particular e uma sensibilidade diferente para cada uma das vacinas. Confira quais são as reações que podem acontecer.

  • BCG (dose única ao nascer): conforme o Dr. Clay Brites, pediatra e neurologista infantil do Instituto NeuroSaber, a vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, que na maioria das vezes são decorrentes do tipo de cepa utilizada. Os efeitos que podem ocorrer são locais e regionais, como úlcera (ferida com diâmetro maior que 1 centímetro) que demora para cicatrizar e presença de linfadenopatia regional (gânglios). Além disso, a BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica no local em que foi aplicada.
  • Hepatite B (ao nascer, 2 e 6 meses): podem acontecer manifestações locais e sistêmicas. As mais comuns são dor e enduração no local da injeção. Outros sintomas que podem estar presentes são febre nas primeiras 24 horas após a vacinação, fadiga, tontura, irritabilidade e desconforto gastrointestinal leve. Raramente ocorrem reações alérgicas graves.
  • Tríplice bacteriana (2, 4 e 6 meses): a vacina pode provocar vários eventos adversos, especialmente por causa do componente pertussis. Os efeitos, que ocorrem geralmente entre as primeiras 48 a 72 horas, são febre baixa a moderada (principalmente na primeira dose), irritabilidade, vermelhidão, dor e inchaço no local da aplicação.
  • Haemophilus influenzae tipo b (Hib) (2, 4 e 6 meses): a vacina Haemophilus é dada em uma vacina combinada, a Pentavalente. Sua aplicação pode levar aos mesmos efeitos colaterais da Tríplice bacteriana, febre de até 39 graus e desconforto no local da aplicação.
  • Pneumocócica conjugada (2, 4, 6 e 12 meses): dor, edema, vermelhidão, nódulo no local da injeção e irritabilidade são muito comuns com esta vacina. Também podem ocorrer, menos frequentemente, perda de apetite, sonolência e febre. Não há motivos para grandes preocupações: essas manifestações são leves e transitórias. Episódio hipotônico-hiporresponsivo e reações alérgicas, por outro lado, são raros.
  • Rotavírus (2, 4 e 6 meses): o pediatra Clay Brites explica que essa aplicação pode trazer os mesmos sintomas da poliomielite. Além disto, pode levar a febre, fraqueza, irritabilidade, perda de apetite e vômitos nas primeiras 48 horas. Devem ser aplicadas duas ou três doses, de acordo com o fabricante.
  • Poliomielite (2, 4 e 6 meses): conforme ressalta a médica Simone Holzer, há 2 tipos de vacina para a poliomielite: a VOP de vírus atenuado (oral) e a VIP de vírus inativo (injetável). No caso da vacina injetável pode ocorrer vermelhidão, endurecimento e dor no local da aplicação; febre moderada raramente. Já a vacina oral em geral é bem tolerada e raramente está relacionada a evento adverso, mas há chances de o bebê ter reações alérgicas, como urticária e erupções na pele com coceira.
  • Meningocócica conjugada (3, 5, 7 e 12 meses): nesse caso, os sintomas poderão acontecer especialmente nas primeiras 72 horas após a aplicação. São eles: edema, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite, irritabilidade, sonolência, febre e dor muscular.
  • Meningocócica B (3, 5, 7 e 12 meses): as reações mais comuns são sensibilidade e eritema no local da injeção, febre e irritabilidade. Febre alta com duração de 24 a 48 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Outros efeitos incluem a perda de apetite, sonolência, choro persistente, irritabilidade, diarreia, vômitos e dor de cabeça.

É interessante observar se a criança apresentar algum sintoma diferente desses mencionados. Conforme o Dr. Clay Brites, pediatra e neurologista infantil do Instituto NeuroSaber, as reações mais incomuns são as de caráter neurológico, enquanto a Síndrome de Guillain-Barré, neuropatias e crises convulsivas são ocorrências raras. Outros efeitos que podem acontecer são choro inconsolável, episódio hipotônico-hiporresponsivo (perda de força e da consciência), convulsões febris e anafilaxia.

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Como prevenir ou amenizar as reações?

Foto: iStock

Kyvia Richter, diretora da Clínica Imunofluminense, traz 5 dicas simples que podem ser feitas para aliviar possíveis sintomas físicos nos bebês:

  1. Após as vacinas, fazer compressa gelada na região por 5 minutos, 3 vezes ao dia, nas primeiras 24 horas.
  2. Não massagear ou comprimir a região da aplicação.
  3. Não colocar medicamentos na região.
  4. Hidratar o bebê ou criança.
  5. Ministrar antitérmico antes das vacinas (sob orientação do pediatra da sua confiança).

Vale mencionar que aplicar a vacina com o bebê mamando também proporciona conforto. Conforme a médica pediatra Simone Holzer, o leite materno possui substâncias que agem como anestésicos.

Caso você observe no seu bebê algum efeito diferente, ou os sintomas levarem muito tempo para desaparecerem, procure o pediatra. Ele é o profissional que saberá quais medidas tomar.

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